
Engenheiro civil e jornalista –
Segundo a historiadora Nilce Lodi, no DiárioHistória de 23 de julho de 2006, o nome completo do engenheiro italiano era Niccola Antonio Raffaello Melchiore Ugolino Ugolini. Ele teria vindo para o Brasil trazendo uma carta de apresentação enderaçada ao imperador D. Pedro II, e assinada pelo historiador Cesare Cantu. Mas, o navio no qual ele viajava cruzou com o navio que levava D. Pedro para o exílio após a Proclamação da República, em 1889.
Vereador rio-pretense em 1899 (eleito para a Legislatura de 1899 a 1901, teve o mandato cassado em 9 de junho de 1899 por faltas).
Professor substituto na Escola Municipal em 1897.
Organizador do sistema de aforamento da cidade.
Autor do primeiro mapa de Rio Preto por encomenda do padre José Bento.
Orador da Loja Maçônica Cosmos de 1908 a 1909.
Integrante da Expedição Hummel, liderada pelo engenheiro Olavo Hummel, em 1893, para fazer traçado da Estrada do Taboado ligando Jaboticabal ao Porto Taboado.
Traçou a abertura das estradas:
Rio Preto/Catanduva
Rio Preto/Avanhandava/Miguel Calmon/Penápolis.
Autor do levantamento cadastral dos distritos de Avanhandava e Miguel Calmon.
Obteve três concessões da Câmara Municipal de São José do Rio Preto:
1) em 15 de abril de 1898, em sociedade com Adolpho Guimarães Corrêa, para explorar por vinte anos o Salto do Avanhandava;
2) em 19 de julho de 1898, também em sociedade com Adolpho Guimarães Corrêa, para construção de uma linha de bondes ligando Rio Preto ao Salto do Avanhandava;
3) e em 15 de abril de 1898 concessão para implantar e explorar por vinte anos, os serviços telefônicos, mas perdeu os direitos por não cumprir os prazos.
Ugolino pode ser considerado o primeiro ambientalista ou ecologista rio-pretense por dois motivos:
1) Em 29 de outubro de 1907, ele conseguiu a intervenção do diretor de Agricultura da Secretaria de Agricultura, Comércio e Obras Públicas do Estado, Gustavo D’Utra, contra a pesca indiscriminada nos rios e córregos da região; com a intervenção do Estado, as autoridades municipais foram obrigadas a multar a pesca predatória.
2) Em 1911, ele enviou carta à Câmara Municipal condenando a ideia de se construir o prédio do 1º Grupo Escolar onde antes funcionava o Cemitério Velho (atual Praça Rio Branco, onde está o Fórum), argumentando que o Código Sanitário Francês, de Napoleão I, e todos os códigos sanitários do mundo, consideravam infecta “a zona circunstante aos cemitérios em um raio de 50 a 100 metros”. Para facilitar as coisas, ele ofereceu em doação o quarteirão 76 (moderno 41), entre as ruas Bernardino de Campos, Voluntários de São Paulo, Independência e Saldanha Marinho, em terras de sua propriedade. A proposta foi recusada e a escola foi construída sobre o cemitério desativado.
Em 1903, apresentou projeto ao deputado mineiro Lafayette Brandão, solicitando privilégio para implantar uma estrada de ferro no Triângulo Mineiro, em direção aos portos de Santa Rita do Paranahyba e Heráclito, no rio Paranahyba.
Dá nome à praça da Vila Maceno, entre a avenida Nossa Senhora da Paz e as ruas José Nogueira de Carvalho, Alberto Sufredini Bertoni e Corretores de Imóveis; sobre o segundo cemitério de Rio Preto, que funcionou entre 1900 e 1914.
Seu túmulo no Cemitério da Ercília, construído em 1944 por Aristides Corradini, sob encomenda da Loja Maçônica Cosmos, é patrimônio histórico municipal, tombado pelo prefeito Edinho Araújo.
Local de nascimento: Florença – Itália
Data de nascimento: ?/?/1851
Local de falecimento: São José do Rio Preto-SP
Data de falecimento: 02/08/1914