Em 1 de maio de 1903, os moradores das fazendas Fartura, Córrego Grande e Boa Vista do Cubatão pediram à Câmara Municipal de São José do Rio Preto para que fosse reconhecido como “Capela” o lugar nomeado Santo Antônio do Monte Bello, dentro da Fazenda Córrego Grande.

Cinco meses depois, em 6 de novembro, a Câmara Municipal nomeava José Baptista de Lima como arruador do povoado.

Em 31 de maio de 1908, com redução do nome para Monte Bello, foi criado pelo governador Albuquerque Lins, o distrito policial com as seguintes divisas: começando na barra do Cubatão, seguindo por ele até suas cabeceiras; destas subindo pelo espigão em linha reta até a fazenda de Francisco Thomaz, daí, em linha reta, até a fazenda Dona Vitória, descendo pelo córrego da Borboleta até a fazenda Bom Sucesso, da divisa de Eduardo Castilho; desta, seguindo até o córrego Grande, chegando ao córrego dos Bagres e de lá para a barra do Cubatão.

No dia 30 de outubro de 1922, um grupo de moradores de Itapyrema, pediu à Câmara Municipal a mudança da sede do distrito de Paz para Monte Bello. O fato atraiu a atenção dos vereadores que discutiram o assunto. Um parecer da Comissão de Legislação e Justiça, formada pelos vereadores Victor Brito Bastos, José Baptista de Lima e Cassiano Maciel de Pontes, aprovou o pedido dos moradores. O parecer da comissão registrou que o pedido dos moradores de Itapyrema tinha validade porque “a povoação dia a dia diminui, dada a sua localização, para a de Monte Bello, melhor e mais bem situada e que progride consideravelmente.” O pedido foi concretizado pela lei estadual de 29 de novembro de 1923 que transferiu para Monte Bello o distrito de Paz de Itapyrema. Entretanto, em 1925, Itapyrema ainda figurava no orçamento de Rio Preto, com uma receita anual de R$ 19:100$000 (dezenove contos e cem mil réis).

Por volta de 1920, Monte Belo era apontada pelos moradores da região como a cidade que iria crescer e “destronar a supremacia de Rio Preto no vasto sertão do Oeste paulista”. A visão profética dos moradores foi apagada por uma epidemia de malária que, por volta de 1925, dizimou boa parte da população. A epidemia não foi suficiente para abater o ânimo dos sobreviventes. Monte Belo resistiu, porém não conseguiu retomar o crescimento do início dos anos de 1920.

Em 1938, Monte Belo era um distrito policial do distrito de paz de Nova Itapirema e contava com cerca de 100 imóveis construídos na área urbana e quatro casas comerciais. Na zona rural, havia 960.000 de pés de café em produção, com forte pecuária. Manoel Martins era o arruador municipal, segundo registro do jornal rio-pretense A Folha, edição de 20 de julho de 1938.

Atualmente, como distrito de Nova Aliança, Monte Belo tem uma pequena igreja, um cruzeiro, poucas casas e apenas o ônibus da Prefeitura, que transporta os estudantes e serve de meio de transporte para os poucos habitantes. No velho cemitério (desativado há muitos anos) ainda resistiam, por volta de 1992, algumas sepulturas de arquitetura antiga, dominadas pelo matagal e o capim, com datas de 1919 a 1933, como a de Sissilia Luviseto falecida em 16 de novembro de 1933, e José Marcolini, nascido em 27 de maio de 1856 e falecido em 10 de janeiro de 1927.

Foram nomeados subprefeitos de Monte Belo pela Câmara Municipal de Rio Preto:
Manoel João da Cunha
Américo Bazilio Gonçalves
Benedicto dos Santos Lisboa
Lydio Galdino Fraga


Fonte: https://quemfazhistoria.com.br; a folha, pág. 2, 20/07/1938, edição nº 583.