A Igreja de Santa Apolônia em 1929, em fotografia do Álbum Ilustrado da Comarca de Rio Preto, página 927

A povoação de Engenheiro Schmitt surgiu em torno do acampamento da Estrada de Ferro Araraquarense – EFA, instalado na região por volta de 1911 e 1912, com o avanço dos trilhos de Cedral para Rio Preto.

Os primeiros moradores começaram a construir após Nicola Storti ter adquirido um pedaço de terra de Eleutério José Rodrigues e erguido sua casa, por volta de 1913. Logo depois, as famílias de Egydio Ballarotti, Ângelo Bignardi e Semedo construíram suas casas e, em 14 de abril de 1914, Eleutério foi nomeado fiscal da Estação de Engenheiro “Schmidt” (provavelmente, nesta nomeação oficial está a origem do erro de grafia de Engenheiro Schmitt).

Em 1922, o povoado estava em franco crescimento e, em 13 de janeiro de 1923 a Câmara Municipal de Rio Preto concedeu a Ugolino Leandro o direito de construir e explorar, por 15 anos, um matadouro na povoação, em terreno não inferior a meio alqueire (12.000 metros quadrados, na medida paulista), sujeito à inspeção da Inspetoria de Higiene.

Em 1919, segundo o Álbum de Rio Preto, o distrito de Engenheiro Schmitt tinha dez estabelecimentos de secos e molhados de propriedade de Salomão Naser, Alberto Marachio, Miguel Mansor, Angelo Bignardi, Felippe Chaim, Rosa de Jesus Pavôa, Miguel Fernandez, Pedro Mansor & Irmão, Pedro Ferrari e Antonio Montoro; uma farmácia de Bruno Garisto, dois açougues, de Marino Jardim e Francisco Rosa; duas alfaiatarias, de Luiz Balzon e Antonio Croce; duas barbearias, de Francisco Rodrigues Corrêa e Francisco Innocente; uma ferraria, de Angelo Capi; três olarias, de Egydio Ballaroti, Luiz Delboni e Abrão Raduan; uma padaria de Gustavo Ferrari, uma máquina de beneficiar arroz de Ricardo Storti & Companhia; uma pensão de Rosa de Jesus Pavôa, e dois engenhos de aguardente de Egydio Ballaroti e Benedicto Lisboa.

No dia 30 de dezembro de 1919, o governador Altino Arantes cria, por meio da lei 1.724, uma escola “mixta” em Schmitt.

Em 16 de março de 1925 foi criado o distrito policial de Engenheiro Schmitt, quando a Câmara Municipal fez a demarcação de suas divisas. Ainda em 1925, no dia 19 de dezembro, Câmara respondeu aos deputados do Congresso Estadual, por força do ofício nº 491, fornecendo informações para elevar o povoado à condição de Distrito de Paz. Exatamente dois anos depois, em 28 de novembro de 1927, foi assinada a Lei 2.214, criando o distrito de Paz.

Em 1938, Engenheiro Schmitt contava com 200 imóveis construídos na área urbana com 16 estabelecimentos comerciais e uma máquina de benefício de café e arroz. Na zona rural, havia 3.500.000 pés de café em produção, com plantações de algodão e cereais, e pecuária. Sebastião Garutti é o subprefeito e Mariano Vasques de Guzzi o serventuário do Cartório de Paz, segundo registro do jornal rio-pretense A Folha, edição de 20 de julho de 1938.

Em 1948, o censo indicava que o distrito de Engenheiro Schmitt tinha 4.497 habitantes.

O nome do distrito é uma homenagem ao engenheiro alemão Karl Everhard Jacob Schmitt, abrasileirado Carlos Schmitt, cujo nome vinha sendo grafado erroneamente devido a algum erro do passado, como Schmidt, conforme provou Dinorath do Valle com farta documentação a respeito. A própria estação ferroviária do distrito grafa corretamente o nome do engenheiro homenageado: Schmitt.

Foram nomeados subprefeitos:
Egydio Ballarotti, de 15/01 a ??/10/1930
Aristides Felix Ribeiro
Joaquim Ferreira Brandão
Egildo Polachini
Sebastião Garutti, em 1938
José Dureto
Paulino Rovina
Ernesto Tirelli
Neamem Raduan
Vicente Polachini, de 01/01/1964 a ??
Eurico Gomes de Moraes
Deolindo Bortoluzzo
Evaristo de Oliveira
Gilberto Lira


Fonte: www.quemfazhistoria.com.br; https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/1919/lei-1724-30.12.1919.html